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24 de janeiro de 2009

A diversidade e o diálogo de culturas

No ano de 2003, em França, país onde vivem cerca de cinco milhões de muçulmanos, na sua maioria imigrantes ou descendentes de imigrantes de antigas colónias francesas, jovens muçulmanas, por meio de petições e de protestos de rua, reivindicaram o direito a usar na escola o véu islâmico que, como bem sabemos, cobre quase totalmente o rosto. O Estado francês, que é laico e aconfessional (isto é, separado do poder e das confissões religiosas), rejeitou a pretensão, sob alegação de que admitir tal comportamento seria admitir a introdução de símbolos religiosos em escolas públicas e assim transgredir princípios consagrados constitucionalmente. Embora a polémica continuasse durante algum tempo, com movimentos de opinião a favor e movimentos contra, o que é perfeitamente natural num estado democrático, a decisão foi mantida e, tanto quanto sabemos, acatada.


1. Que tipo de direito reivindicavam as jovens muçulmanas? Que fundamento poderiam apresentar para sustentar a sua reivindicação? Achas legítimo esse fundamento? Justifica.


2. Teria o Estado francês agido correctamente? A tolerância poderia ter sido uma estratégia melhor? Justifica a resposta.


3. Poderia dizer-se que na base desta reivindicação se encontra a defesa do relativismo cultural.
3.1 Qual a principal tese do relativismo cultural?
3.2 Que objecções lhe podemos formular?


4. O interculturalismo é um meio de lidar com a diversidade cultural.
4.1 Que princípios defende?
4.2 Que requisitos devem ser preenchidos para ser possível implementar esses princípios?


5. Lê poema:


Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
Com gente de todo o mundo
Que a todo o mundo pertence.


Bate o sol na minha aldeia
Com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia; Outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia São centenas de milhões.


5.1 Identifica a posição assumida pelo poeta face à diversidade cultural. Justifica.

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